A percepção



Dentro de toda a matéria relacionada com a percepção visual e sensorial, surgiu uma questão, na qual poderei abordar o seguinte:
Afinal, a percepção é um processo inato ou aprendido?
Como Mariana Gonçalves defende no seu blog, a percepção faz parte de elementos que se aprendem, mas não actua necessariamente ‘de mãos dadas’ com a aprendizagem.

A percepção é melhorada na maioria das actividades praticadas pelos humanos, resultando de interações, aprendizagem visual, assim como a sua cultura. Experiências feitas com animais e humanos mostram que alguns seres vivos são capazes de desenvolver a capacidade de discriminar certos objectos, de acordo com as suas vivências e/ou necessidades. Uma das experiências que considerei bastante interessante foi um estudo feito com indivíduos cegos, que após operações, viram pela primeira vez. Resultado: Os indivíduos não puderam reconhecer formas, objectos e os seus familiares com base na sua aparência visual, após o momento da operação. Só após algum treino é que se pôde verificar que a aprendizagem perceptiva ocorre durante um período inicial, e que, se não ocorrer nesse período, tornar-se-á muito mais difícil de desenvolver depois de inferir significado das suas percepções visuais.
Concluí-se, assim, que pode-se facilmente verificar a influência da aprendizagem perceptiva. Como se fez em alguns estudos, comparou-se as diferenças na forma pela qual os mesmos estímulos são percebidos em diferentes sociedades de formas distintas. Por exemplo, uma criança esquimó consegue distinguir facilmente a diferença entre vários tipos de neve, enquanto que uma criança que vive numa cidade dificilmente o poderá fazer com facilidade, assim como o contrário. Para a criança citadina, será muito mais fácil distinguir, por exemplo, diferentes marcas de automóvel, ou de roupa ou telemóveis, o que para a criança esquimó não será assim tão fácil.