Não se sabe ao
certo definir o que é a criatividade pois apesar da exploração do conceito da
palavra, em várias áreas, só se conseguem chegar a definições distintas, embora
não sejam completamente discordantes umas das outras.
Recorrendo à
etimologia da palavra, creare
significa originar, criar, formar.
A
criatividade compreende o conceito de pensar de forma inovadora, produzindo uma
reflexão activa, sentimental e de acção com o objectivo de transformar e criar
algo novo como resposta às actividades mentais que se concretizam a partir da
cognição e sensação. O acto criativo pressupõe a criação de algo novo e
diferente, que quase sempre tem origem num estado caótico de organização das
emoções, informações e situações que envolvem quem cria.
Ora,
se entendemos que a criatividade faz parte de uma experiência que deve abrir
possibilidades
para a recepção do mundo de forma abrangente e múltipla então não devemos fugir
ao facto de que a capacidade de criar é inerente ao ser humano.
É necessário esclarecer que a criatividade é um processo exigente que recorre à
abstração, resultando de seguida à concretização (que atenda às necessidades
corporais e da alma), mas sobretudo que redimensione a existência humana
emprestando-lhe sentido e significado. Não há assim qualquer dúvida de que os
criativos renovam, propõem-se intelectualmente, filosoficamente,
artisticamente, culturalmente etc.
Hoje em dia, vivemos numa sociedade que tem falhas
bastante alargadas faltando cada vez mais um lugar para a criação pela criação.
Cada vez mais há a necessidade de criar, algo novo que nos fascine, que nos mantenha firmes como artistas e que nos realize como tal. Deixo então, uma nova forma de pintar retratos, trata-se de Hong Yi, artista que pinta com café.